Perspectivas Radicais em Português

Convite à Comunidade Lusófona WDI

Blogo8.png

Esta série de encontros será conduzida por Feministas Radicais cujas vozes têm sido silenciadas pela cultura do cancelamento de mulheres. Cansadas por não podermos compartilhar livremente nossas ideias em redes sociais, escolas e universidades, criamos este espaço seguro de troca e reflexão exclusivo para mulheres.

Esta iniciativa pretende fornecer bases sólidas sobre a teoria do Feminismo Radical para as falantes de língua portuguesa. Nosso objetivo é chegar a cada vez mais mulheres de países lusófonos. Escrevam-nos pelo [email protected] para propor livros/conceitos, oferecer um debate e/ou sugerir que contactemos coletivas. Todas as nossas irmãs são mais do que bem-vindas!

Os encontros acontecerão sempre aos domingos, às 19h (horário de Portugal, GMT). Todas as gravações ficarão disponíveis em nosso canal do YouTube (https://www.youtube.com/c/WomensDeclarationInternationalWDI). E a programação sempre atualizada nas redes sociais @WDIPortugal (https://www.instagram.com/wdiportugal/; https://www.facebook.com/WDIPortugal) e no nosso site (https://www.womensdeclaration.com/pt/).

Link para inscrição aqui: https://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_ClIcdeijSgOdJ-xPk19fjw

Datas já confirmadas:

06/mar/22 – O MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO

Gi Del Fuoco, doutoranda em História da Cultura pela Universidade de São Paulo (USP, Brasil). Fundadora dos projetos @HistoriadoraRadical @GórgonaPodcast e da coletiva @LésbicasAntifascistas.

Referência bibliográfica:

JAMES, Selma (2012). Sex, Race and Class. The Perspective of Winning. A Selection of Writings 1952-2011.

Tradução do capítulo Sexo, Raça e Classe pelo blog Feminismo Com Classe, disponível em: https://medium.com/qg-feminista/sexo-ra%C3%A7a-e-classe-de-selma-james-16646c55b3f5

--

13/mar/22 – A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA DE MULHERES COMO FERRAMENTA DE MANUTENÇÃO DO PATRIARCADO E DO CAPITALISMO

Camila Striato Martinez, historiadora e mestranda em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP, Brasil), idealizadora do Clube do Livro Exaustas.

Clarice Granja Curi, historiadora formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP, Brasil), professora e idealizadora do Clube do Livro Exaustas.

Referência bibliográfica:

FEDERICI, Silvia (2017). Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpo e Acumulação Primitiva. São Paulo: Ed. Elefante.

--

20/mar/22 – PORNOGRAFIA E POSSESSÃO

Carmen de Carvalho, formada em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil), dá aulas de inglês e integra a equipe de voluntárias da @WDIBrasil.

Referências bibliográficas:

DWORKIN, Andrea (1981). Pornography: men possessing women. NY: Plume, Penguin Group.

DWORKIN, Andrea (1974). Woman Hating. NY: Plume, Penguin Group.

DWORKIN, Andrea (1976). Our Blood: Prophecies and Discourses on Sexual Politics. NY: Perigee Books.

WHISHANT, Rebecca (2016). Our Blood: Andrea Dworkin on Race, Privilege and women`s common condition.

27/mar/22 – MULHERES E A DOMINAÇÃO MASCULINA: COMO A SOCIALIZAÇÃO FEMININA AFETA A FORMA COMO NOS COMPORTAMOS POLITICAMENTE NA SOCIEDADE?

Yasmin Morais é escritora, fundadora do projeto @VulvaNegra, integrante do Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso e Mídia da Universidade Federal da Bahia (UFBA, Brasil) e estudante de Jornalismo e aluna de Estudos Afrolatinoamericanos no Afro-Latin American Research Institute at Harvard University (ALARI, EUA).

Referências bibliográficas:

GRAHAM, Dee L. R. (2021). Amar para sobreviver: mulheres e a síndrome de Estocolmo social / Dee L. R. Graham, Edna I. Rawlings, Roberta K. Rigsby; tradução Mariana Coimbra. — 1. ed. — São Paulo : Editora Cassandra, 2021.

LERNER, Gerda (2019). A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Tradução Luiza Sellera. — São Paulo: Cultrix.

RUSSEL, Jeffrey B; ALEXANDER, Brooks (2019). História da bruxaria. Traduzido por Álvaro Cabral, William Lagos — 2. ed. — São Paulo: Aleph. 280 p.

--

10/abr/22 – LITERATURA FEMININA E PERTENCIMENTO: A IMPORTÂNCIA DAS OBRAS DE MULHERES PARA A FORMAÇÃO DA NOSSA CONSCIÊNCIA DE CLASSE

Monalisa Gomyde, bacharela em Estudos Literários (UNICAMP, Brasil), pedagoga (UNIJALES, Brasil), mestranda em Teoria Literária (UFSCAR, Brasil) e em Política de Las Mujeres (Universitat de Barcelona, Espanha). Escritora, professora e membra da coletiva @memoria.lesbica.

Referências bibliográficas:

BEAUVOIR, Simone. As Inseparáveis. Tradução de Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Editora Record, 2021.

BRUM, Eliane. Uma duas. Rio de Janeiro: Arquipelado Editorial, 2018.

EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2016.

KOITA, Khady. Mutilada. Tradução de Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

RHYS, Jean. Vasto Mar de Sargaços. Tradução de Léa Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Rocco, 2012.

Redstockings Archive

RICH, Adrienne (1986). Of Woman Born: Motherhood as Experience and Institution. NY, London: W.W. Norton Company.

--

24/abr/22 – TECENDO UM FEMINISMO RADICAL BRASILEIRO

Bruna Santiago, feminista radical.

Referência bibliográfica:

FURIOSA. Existe um Feminismo Radical Interseccional?

Texto publicado pela QG Feminista e disponível em: https://medium.com/qg-feminista/existe-feminismo-radical-interseccional-d71c08838d79

15/mai/22 – DISFORIA CORPORAL EM MULHERES E TRANSTORNOS ALIMENTARES NA CONTEMPORANEIDADE SOB UM OLHAR FEMINISTA

Luciana Costa, feminista e psicóloga clínica especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, Brasil). Idealizadora e Construtora do Canal/Rede Femitep.

Referências bibliográficas:

DSM-V, Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição

FIGUEIREDO, Isabela (2016). A Gorda. Lisboa: Editorial Caminho.

JEFFREYS, Sheila (2105). Beauty and Misogyny: Harmful Cultural Practices in The West. UK: Routledge.

--

29/mai/22 – AS POLÍTICAS DE "IDENTIDADE DE GÊNERO" E A PROTEÇÃO LEGAL DAS MULHERES E CRIANÇAS: COLISÃO DE DIREITOS

Brenda Torquato, feminista e membra da @WDIBrasil. É graduada em Produção Audiovisual e coordenadora pedagógica de produtos digitais.

Katyane Souza, feminista, fundadora do projeto @PedagogaBraba, membra da @WDIBrasil. É licenciada em Pedagogia, professora da rede pública de ensino há quinze anos e pesquisadora da Educação em Sexualidade.

Referência bibliográfica:

JEFFREYS, Sheila (2014). Gender Hurts: a feminist analysis of the politics of transgenderism. UK: Routledge.

--

12/jun/22 (19h, Portugal) – FEMINISMO RADICAL NA ACADEMIA: NOTAS DE UMA ANTROPÓLOGA

Profa Dra Fabiana Jordão Martinez, professora adjunta de Antropologia e Teoria Feminista do Instituto de História e Ciências Sociais da Universidade Federal de Catalão (UFC, Brasil).

Referências bibliográficas:

MARTINEZ, FABIANA. Feminismos em movimento no ciberespaço*. CADERNOS PAGU, v. 2, p. 1-34, 2019.

MARTINEZ, FABIANA JORDÃO. Militantes e radicais da quarta onda: o feminismo na era digital. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, v. 29, p. 1-14, 2021.

--

26/jun/22 – O PATRIARCADO NA AMÉRICA LATINA

Gi Del Fuoco é Doutoranda em História da Cultura pela Universidade de São Paulo (USP, Brasil). Fundadora dos projetos @HistoriadoraRadical @GórgonaPodcast e da coletiva @LésbicasAntifascistas

Referência bibliográfica:

ANZALDÚA, Gloria. Como Domar uma Língua Selvagem. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Difusão da língua portuguesa, n. 39, p. 303-318, 2009.

--

10/jul/22 – A "CRIANÇA TRANS" SOB A PERSPECTIVA DO FEMINISMO RADICAL

Eugenia Rodrigues, porta-voz da campanha @NoCorpoCerto, formada em Direito e Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, Brasil) e ativista pelos Direitos Humanos das crianças, adolescentes e mulheres.

Referências bibliográficas:

JEFFREYS, Sheila (2003). Unpacking Queer Politics. UK: Polity Press.

JEFFREYS, Sheila (2014). Gender Hurts: a feminist analysis of the politics of transgenderism. UK: Routledge.

RAYMOND, Janice (1979/1994). The Transsexual Empire: The Making of the She-Male. NY: Teachers College Press.

RAYMOND, Janice (2021). Doublethink: A Feminist Challenge to Transgenderism. Australia: Spinifex Press.

RODRIGUES, Eugênia (2017). “Fora da caixa”: a construção da “criança trans” no jornalismo brasileiro.

--

24/jul/22EXPLORAR O TRABALHO DOMÉSTICO É REFORÇAR AS HIERARQUIAS CRIADAS ENTRE MULHERES PELO PATRIARCADO

Brisa Kamulenge, ativista negra, lésbica e feminista. Formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP, Brasil) é criadora do projeto @vulvamtolliandum.

Referências bibliográficas:

PATEMAN, Carole (1988). O Contrato Sexual. Tradução Marta Avancini - 2a edição, 2020 - Rio de Janeiro e São Paulo: Paz e Terra.

RARA, Preta (2019). Eu, empregada doméstica - a senzala moderna é o quartinho da empregada. Belo Horizonte: Letramento.

SAFFIOTI, Heleieth (1978). Emprego doméstico e capitalismo. Petrópolis: Vozes.

14/ago/22 – MALDITO: USOS POÉTICOS DA RAIVA POR ARTISTAS MULHERES

Profa. Dra. Alice Porto, artista, doutora em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, Brasil) e professora da Universidade de Passo Fundo (UPF, Brasil).

Referências bibliográficas:

FAHS, Breanne (2014). Valerie Solanas: the defiant life of the woman who wrote Scum (and shot Andy Warhol). New York: Feminist Press at the city of New York.

FREITAS, Angelica (2012). O Útero é do tamanho de um punho. São Paulo: Cosac Naify.

PORTO, Alice. Dito, não dito e maldito: redesenhar imagens feministas a partir de vestígios. (Tese de Doutorado, em breve disponível para acesso no sistema da UFRGS, https://lume.ufrgs.br/handle/10183/117434)

28/ago/22 – MARXISMO E GÉNERO

Joana Tomé, doutorada em Ciências da Arte pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL, Portugal) e investigadora do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA, Portugal). Membra do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e eleita pela CDU na Assembleia Municipal de Setúbal.

Referências bibliográficas:

ENGELS, Friedrich (2002). A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Lisboa: Edições "Avante!" 

FEDERICI, Silvia (2020). Calibã e a Bruxa. Lisboa: Orfeu Negro.

Organização das mulheres comunistas (org) (2007). Clara Zetkin e a luta das mulheres - Uma atitude inconformada, um percurso coerente. Lisboa: Edições "Avante!"

KOLLONTAI, Alexandra (1981). Marxismo e Revolução Sexual. Lisboa: Editorial Estampa.

11/set/22 – OBSTÁCULOS À AMIZADE ENTRE MULHERES

Carmen de Carvalho, formada em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil), dá aulas de inglês e integra a equipe de voluntárias da @WDIBrasil

Referência bibliográfica:

RAYMOND, Janice (1986). A Passion for Friends: Toward a Philosophy of Female Affection. 2001 Edition, Austrália: Spinifex Press.

Tradução autorizada do capítulo IV, Obstáculos à amizade entre mulheres, feita por Carmen de Carvalho.

25/set/22 – REIVINDICAÇÕES PELOS DIREITOS DAS MULHERES: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS DE OLYMPE DE GOUGES, MARY WOLLSTONECRAFT E A DECLARAÇÃO DAS MULHERES

Lorenna Lemos, fundadora do projeto/podcast de audiobooks de Teoria Feminista @MulheresLendoJuntas, graduanda em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB, Brasil).

Referências bibliográficas:

WOLLSTONECRAFT, Mary (1792). Uma Vindicação dos Direitos da Mulher. Tradução Elisabete M. de Sousa 1 ed. 2017. Lisboa: Antígona.

GOUGES, Olympe de (1791). Declaração dos Direitos da Mulher e Cidadã. Tradução Leandro Cardoso Marques da Silva 1ed. 2020. São Paulo: EdPro.

WDI (2019). Declaração dos Direitos das Mulheres Baseados No Sexo. Disponível em:https://www.womensdeclaration.com/pt/declaration-womens-sex-based-rights-summary-pt/

09/out/22 – ESTUPRO PAGO: A PROSTITUIÇÃO É UM SISTEMA DE ESCRAVIZAÇÃO SEXUAL DE MENINAS E MULHERES

Claudia Canarim, psicóloga institucional, bailarina contemporânea, feminista e imigrante. É membra associada singular da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PPDM) e da equipa @WDIPortugal.

Referências bibliográficas: 

BARRY, Kathleen (1979). Female Sexual Slavery: from prostitution to marriage, the landmark study of all the ways women are sexually enslaved. New York: Avon Books.

BARRY, Kathleen (1996). The Prostitution of Sexuality: the global expoitation of women. New York: NYU Press.

BINDEL, Julie (2017). The Pimp of Prostitution: abolishing the sex work myth. UK: Palgrave Macmillan.

VENTURA, Isabel (2018). Medusa no Palácio da Justiça ou uma história da violação sexual. Lisboa: Tinta da China.

23/out/22 – A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DE MULHERES JOVENS IMIGRANTES

Adriana S.Thiago, European Network of Migrant Women (ENoMW) @MigrantWomenNetwork, @RadicalGirlsss member and @WDIPortugal team.

Referências bibliográficas: a enviar

06/nov/22 – AS ORIGENS DO PATRIARCADO

Camila Striato Martinez, historiadora e mestranda em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP, Brasil), idealizadora do Clube do Livro Exaustas.

Clarice Granja Curi, historiadora formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP, Brasil), professora e idealizadora do Clube do Livro Exaustas.

Referência bibliográfica:

LERNER, Gerda (2019). A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Tradução Luiza Sellera. — São Paulo: Cultrix.

20/nov/22 – DA DEMONIZAÇÃO À CULPABILIZAÇÃO E REVITIMIZAÇÃO DAS MULHERES: AS BASES RELIGIOSAS DE UM CONTINUUM HISTÓRICO DE MISOGINIA.

Claudia Canarim, psicóloga institucional, bailarina contemporânea, feminista e imigrante. É membra associada singular da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PPDM) e da equipa @WDIPortugal.

Referências bibliográficas:

JEFFREYS, Sheila (2012). Man`s Dominion: the rise of religion and the eclipse of women`s rights. UK: Routledge.

FRENCH, Marilyn (1992). A Guerra Contra as Mulheres. Tradução Maria Therezinha M. Cavallari. São Paulo: Círculo do Livro.

TAYLOR, Jessica (2020). Why Women are Blamed for Everything? Exposing the Culture of Victim-Blaming. UK: Constable. (tradução brevemente disponível)

Lei n. 14.245 de 22 de novembro de 2021, ou "Lei Mariana Ferrer". Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14245.htm